Paróquia São Pedro Apóstolo de Tupã-SP, Evangelizando através da internet!
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Paróquia São Pedro Apóstolo de Tupã - SACRAMENTOS - Penitência ou Confissão

A Serviço do Evangelho. Igreja católica na Estância Turística de Tupã, Estado de São Paulo, situada na Região Pastoral II da Diocese de Marília



O Sacramento da Penitência

A Penitência é a volta. Quase todo dia a gente cai e se levanta. Pequenas quedas e grandes tombos. Ninguém quer ficar no chão. A gente pisa em falso porque não enxerga bem os passos e o caminho de Jesus. Erramos de caminho. Atrapalhamos a caminhada uns dos outros. Deus sempre dá a mão para a gente se deixar reconduzir. No sacramento da Penitência celebramos a coragem de pegar de novo na mão de Deus e voltar a andar no caminho dele, que é o caminho da irmandade.

Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações. A confissão consiste em um sacramento instituído por Jesus Cristo no qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do batismo. Sobre o sacramento da Confissão, devemos analisar o seguinte:
Os homens pecam.
Diz a Sagrada Escritura: "O justo cai sete vezes por dia" (Prov 24, 16). E se o próprio justo cai sete vezes, que será do pobre que não é justo?
"Não há homem que não peque" (Ecl 7, 21).
"Aquele que diz que não tem pecado faz Deus mentiroso" (1 Jo 1, 10).
O "Livre Arbítrio" humano permite ao homem realizar atos contrários ao seu criador.
É necessário obter o perdão desses pecados.
"Nesta porta do Senhor, só o justo pode entrar" (Sl 117, 20).
"Não sabeis que os pecadores não possuirão o reino de Deus?" (1 Cor 6, 9).
Portanto, para entrar no Reino de Deus, é necessário obter o perdão dos pecados.
Nosso Senhor instituiu um sacramento.
Qual é o meio que existe para alcançar o perdão dos pecados? Nos diz São João: "Se confessarmos os nossos pecados, diz o Apóstolos, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar-nos de toda injustiça" (1 Jo 1, 8).
Todavia, "aquele que esconde os seus crimes não será purificado; aquele, ao contrário, que se confessar e deixar seus crimes, alcançará a misericórdia" (Prov. 38, 13). "Não vos demoreis no erro dos ímpios, mas confessai-vos antes de morrer" (Ecl 17, 26).
A confissão não é nova, já existia no Antigo Testamento, mas foi elevada à dignidade de Sacramento por Nosso Senhor, que conhecia a fraqueza humana e desejava salvar seus filhos.
No dia da ressurreição, como para significar que a confissão é uma espécie de ressurreição espiritual do pecador, "apareceu no meio dos apóstolos... e, mostrando-lhes as mãos e seu lado... lhes disse: A paz esteja convosco. Assim como meu Pai me enviou, eu vos envio a vós. ...soprando sobre eles: recebei o Espírito Santo... Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21-23). O mesmo texto encontra-se em S. Mateus (Mt 28, 20).
Como tudo é claro! Nosso Senhor tinha o poder de perdoar os pecados, como se desprende de S. Mateus (Mt 9, 2-7). Ele transmite esse poder aos seus Apóstolos dizendo: "assim como o Pai me enviou", isto é, com o poder de perdoar os pecados, "assim eu vos envio a vós", ou seja, dotados do mesmo poder. E para dissipar qualquer dúvida, continua: "soprando sobre eles: Recebei o Espírito Santo..." como se dissesse: Recebei um poder divino... só Deus pode perdoar pecados: pois bem... "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21-23).
A conclusão é rigorosa: Cristo podia perdoar os pecados. Ele comunicou este poder aos Apóstolos e por eles aos sucessores dos Apóstolos: pois a Igreja é uma sociedade "que deve durar até o fim do mundo" (Mt 28, 20).
O livro dos Atos dos Apóstolos refere que quem se convertia "vinha fazer a confissão das suas culpas" (At 19, 18). Aqui nós começamos a refutar uma argumentação dos protestantes: cada um se confessa diretamente com Deus.
A confissão deve ser feita a um padre.
Pelo próprio livro dos Atos dos Apóstolos, quando se afirma que o convertido "vinha fazer a confissão", fica claro que era necessário um deslocamento da pessoa para realizar a confissão junto aos Apóstolos, pois o verbo "vir" é usado por quem recebe a visita do penitente. Se a confissão fosse direta com Deus, bastaria pedir perdão de seus pecados, sem precisar 'ir' até a Igreja.
Aliás, S. Tiago é explícito a esse respeito: "confessai os vossos pecados uns aos outros, diz ele, e orai uns pelos outros, a fim de que sejais salvos" (Tgo 5, 16). Isto é, confessai vossos pecados a um homem, que tenha recebido o poder de perdoá-los. De qualquer forma, a instituição do Sacramento deixa claro o poder que Nosso Senhor conferiu à sua Igreja.
Sem a vontade de se confessar com um outro homem, o pecador demonstra que seu arrependimento não é profundo, pois ele não se envergonha mais de ofender a Deus do que de expor sua honra. No fundo, ama a si mesmo mais do que a Deus e pode estar cometer um outro pecado, ainda mais grave, contra o primeiro mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas.
Mas, em não existindo um Padre, como confessar-se? E como ficam os homens no Antigo Testamento?
Contrição e Atrição
A Contrição consiste em pedir o perdão de seus pecados por amor de Deus. A atrição, por sua vez, consiste em pedir o perdão dos pecados por temor do inferno.
A primeira, contrição (chamada de contrição perfeita), apaga os pecados da pessoa antes mesmo da confissão. Todavia, só é verdadeira se há a disposição de se confessar com um padre. Foi desta forma que se salvaram os justos do Antigo Testamento. A atrição só é válida através do sacramento da confissão, o qual é eficaz mesmo se há apenas "medo do inferno".
Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pecar mais, e satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram, no Antigo Testamento, condições necessárias e suficientes para obter o perdão de Deus. O mesmo vale ainda hoje para todos os que desconhecem Nosso Senhor Jesus Cristo e seu Evangelho (desde que sigam a Lei Natural) e para os que não têm como se confessar (desde que tenham um ato de contrição perfeita). Mas quem, em seu orgulho, não acredita nas palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais ele instituiu o sacramento da penitência, e por isso não quer se confessar, não receberá o perdão, pois não ama à Deus verdadeiramente.
Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus. Por isso "Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte, e morte na Cruz" (Flp 2, 8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer o perdão. Por isso ele exige de nós este ato de humildade e de obediência, na Confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será exaltado, e quem se exalta, será humilhado" (Lc 18, 14).
Alguns protestantes aliciam os católicos para sua seita com a promessa de que, depois do batismo (pela imersão), estariam livres de qualquer pecado e nem poderiam mais pecar! Conseqüentemente, concluem que não haveria necessidade de confissão. Apóiam esta afirmação nas palavras bíblicas de (1 Jo 3, 6 e 9). Todavia, basta confrontar essa passagem com outra, do próprio João Apóstolos (1 Jo 1, 8-10), para perceber que a conclusão é precipitada: "Se dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, e nos perdoa os nossos pecados, e nos purifica de toda a iniqüidade. Se dissermos que não temos pecado, taxamo-Lo de mentiroso, e a sua palavra não está em nós".
Portanto, todos os homens necessitam de misericórdia divina; e os sinceros seguidores da Bíblia recebem-na, agradecidos, no sacramento da Confissão.
O que é necessário para ser eficaz uma confissão?
- exame de consciência; ter arrependimento (atrição ou contrição); propósito de não recair no pecado e de evitar as circunstâncias que o favoreçam; confessar-se sem omitir nada; cumprir a penitência estabelecida pelo confessor.






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